quarta-feira, 5 de maio de 2010

hOPPERhOPE | performance | instalação de ana borges no FORMAS | antigo quartel da GNR | Tavira











sinopse

Ponto de partida: um espaço doméstico imenso, criado a partir de algumas obras do pintor Americano Edward Hopper, que revelam o interior de casas, vistas do exterior através de janelas indiscretas, assumindo um "voyeurismo" contemplativo, que nos revela pormenores da vida privada.
hOPPERhOPE coloca o espectador na posição de observador que por momentos tem acesso a espaços íntimos, percorrendo a casa em livre circulação, assistindo a solos de dança que são pensamentos. Segredos ditos em voz alta.
Assim como a casa de cada um de nós é um espaço de que nos apropriamos diariamente, que revestimos de sentidos e sensações, numa rotina que se torna um ritual, aqui, o movimento do corpo apropria-se de um espaço que passa a ser a extensão de si mesmo, ao ponto das paredes que o revestem serem o lado mais exterior da sua pele.
Apesar da atitude solitária, quase desistente, que muitos quadros de Edward Hopper transmitem, existe uma sensação de esperança (hOPE) de que alguma coisa mude; de um espaço de transição em que o tempo se sente na pele. Há uma sensação de espera serena, mas não passiva.

ficha técnica e artística

Concepção e Direcção Coreográfica Ana Borges Intérpretes co-criadores Ana Borges, António Pedrosa, João Costa, Luísa Sana e Viviana Catarinella Música Original Razguzz Iluminação Rui Telmo Romão Vídeo sal. Instalação live vídeo Francisco Medeiros e Gonçalo Tocha Assessoria para figurinos Nuno Mega Apoios: Hotel Vila Galé Albacora, A Outra Face da Lua, Dirtycop
Agradecimentos: Albertina Borges,Catharina Didelet, Francisco Pinheiro, Frederico Torres, José Ligeiro, Inês Férin, Luisa Ricardo, Margarida Lopes, Marisa Madeira, Myriam de Marie e Nuno Ricou.