Escola de Artes do CAE|Corpodehoje|Oficinas
Regulares Artísticas | 2012/13
Dança Clássica | Com Maria de
Freitas Branco
Criada no Séc. XVII na Corte de Louis XIV, sendo na altura,
condição para obter o título de Nobre, saber Dançar, a Dança Clássica tem vindo a transformar-se com o decorrer dos
Séculos. A Dança reflectia o Absolutismo político, a hierarquia social, o Poder
da Igreja. A Criação da Academia Real de Dança desenvolveu o ensino da Dança em
França e criou-se a terminologia em Francês que até hoje persiste. Foi criado
um método de aprendizagem da dança e estandardização do movimento,
caracterizado pela rotação externa das pernas e pés (en-dehors), as cinco
posições dos pés e a forma dos braços (ports de bras). Há diferentes métodos
desde o Francês, ao Italiano, ao russo e Inglês. Propomos uma metodologia do
ensino da Dança Clássica sem formatar o corpo segundo um método específico,
para que a prática, mantenha a postura, movimento, disciplina e rigor, mas
adaptando-se essencialmente à consciência que existe hoje do corpo,
respeitando-o, sem que o virtuosismo que muitas vezes se ambiciona, provoque
qualquer dano.
7 – 9 anos | terça 18h – 19h
10 – 13 anos | quarta 18h – 19h + sexta 18h – 19h
+14 anos | quarta 19h15 – 20h30 + sexta 19h15 – 20h30
Adultos | terça |19h15 – 20h15
Dança Criativa | o meu corpo mexe | com Ana
Borges e Miya Cuzner
O
que é um trote, um galope ou um skip? Vamos aprender os passos elementares de
dança e perceber como eles existem também na natureza. Movemos o corpo de
acordo com a música e com a música que existe no próprio corpo. Como escutamos,
como sentimos? Vamos desenhar linhas de movimento no espaço! Vamos descobrir
para que serve um braço ou dois, vamos movimentá-los em separado ou ao mesmo
tempo? E a cabeça e os olhos para onde olham quando me movo? Como é que a arte
mexe connosco? Vamos observar obras de artistas e descobrir como o corpo pode
dançar a partir delas.
4 - 6 anos | quinta 18h – 18h45 [com Miya Cuzner]
7-9 anos | quinta 18h – 19h [com Ana Borges]
Laboratório de movimento Contemporâneo | com Ana Borges
Partimos do trabalho de consciencialização e disponibilização do corpo para o
uso das Técnicas Release e Alexander. Activamos a capacidade de escuta de si e
do outro, num caminho de aprendizagem, composição e análise de Movimento
Contemporâneo. Trabalhamos a autonomia individual e a capacidade de cooperação
em grupo. Vemos o corpo como pensante e actuante, consciente da imagem que cria
no espaço e do impacto que estabelece com o outro. Afirmamos o movimento como
forma de comunicação directa com o outro, associando-se a ideia de composição
em tempo real.
10 – 13 anos | segunda 18h – 19h
[iniciação]
+ 14 anos |segunda 19h15 – 20h15
+50 anos | segunda 11h – 12h
Laboratório de Contacto – Improvisação | com Ana Borges
A técnica de Contact-improvisation, teve origem nos EUA, sendo
inicialmente utilizada por pessoas sem formação em dança. Utilizada
posteriormente por Steve Paxton e outros bailarinos, é usada actualmente em
diferentes Companhias de Dança e Teatro em todo o Mundo. Trabalhamos a relação corpo/espaço/tempo e a transferência e transporte
de peso. Desenvolve-se a capacidade de escuta, visão periférica, decisão, foco
e entrega à ação do corpo no espaço e em
comunicação com o outro.
+ 15
anos/adultos |quinta 19h15 – 20h45
Experimentação Musical | Sentir o Som | com Miya
Cuzner e Paula Adão
Sentir o som no corpo e no espaço, com pequenos
instrumentos, com palmas, com a voz. Vamos experimentar, descobrir, analisar e
sentir os vários sons. Vamos criar juntos, tornar o corpo num instrumento
musical ativo.
4 – 6 anos | segunda 18h – 18h45
+ 10 anos/adultos | sexta 19h15 – 20h15
Teatro | Quantos somos nós | com Melânia
Ramos
Partindo do corpo como uma matéria plástica, móvel,
transformável, vamos descobrir como desdobrar-nos em seres que comunicam entre
si. A voz, o que acrescenta ao corpo? De quantas palavras precisamos para
comunicar um sentimento? Vamos descobrir quantas vozes temos, quantos braços,
quantas pernas e quantas formas de mover, falar, pensar… Quem somos nós aqui e
ali. E se formos daqui para ali, quantos somos?
7 – 9 anos | quarta 18h – 19h
10 – 13 anos | terça 18h – 19h
+ 14 anos/adultos | terça 19h15 – 20h45
Artes Plásticas | Olhar de camaleão | com Maria
Inês Cruz
Vemos na partilha da pesquisa pessoal
do artista plástico, o caminho para a descoberta de utilização de determinados
materiais, os naturais e os construídos. Usaremos diferentes riscadores e
vários suportes. Trabalhamos tanto quanto possível em contacto directo com a
natureza. Temos olhos de camaleão e o tempo de um caracol. Desenhamos uma
planta e vemos um mapa. Pintamos um chapéu que parece um elefante. Esconder,
tracejar, polvilhar, rodopiar as cores.
4 – 6 anos | quarta 18h – 18h45
7 – 9 anos | segunda 18h – 19h
10 - 13 anos |quinta 18h – 19h
Desenho | com Maria
Inês Cruz~
Trabalhar o realismo no Desenho, mas dando espaço ao
imaginário. Esta oficina
pretende transmitir teorias e práticas a
partir de técnicas específicas, desenvolvendo sobretudo o desenho à vista, seja de paisagem, edifício ou corpo
humano, de forma a dar ferramentas fomentando a autonomia, promovendo a
criatividade e a expressão individual de cada um.
+ 14 anos /adultos | sábado 11h – 13h
Escola de Artes do CAE | Biografias | Professores
A corpodehoje – associação cultural
constituída em 2008, surgiu na continuidade do trabalho, iniciado há 18 anos
pela coreógrafa Ana Borges. Acreditamos que todos nascemos artistas. Alguns
simplesmente desenvolvem mais que outros esta natureza. Veiculamos a
criatividade daqueles que não têm limites para aprender, crescer e desenvolver
a sensibilidade em relação à arte e ao belo. O formador é um facilitador no
processo de descoberta que cada pessoa faz de si, do outro e da vida. A nossa
formação é aberta a todos! A corpodehoje
é estrutura residente no CAE – Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da
Foz, responsável pela coordenação da Escola de Artes - área Dança e Cruzamentos
Disciplinares, pelo programa de Residências de Criação Artística e colabora com
a Programação e Direcção Artísticas.
Biografia_ Maria de Freitas Branco
Maria de Freitas Branco nasce em
Lisboa em 1952, onde inicia os seus estudos de dança clássica com
Margarida de Abreu (Método Dalcroze). Na École Supérieur de Danse
Rosella Hightower em Cannes, estuda ballet e outras formas de dança
incluindo reportório clássico, dança moderna (técnica Martha Graham), anatomia
e arte dramática. Frequenta aulas de dança clássica no Conservatório
Nacional de Bruxelas com Maurice Béjart. Foi bailarina do Ballet
Gulbenkian durante 15 anos com quem faz tournées em Portugal Continental,
Açores e Madeira, Brasil, Espanha, Londres e Paris. Foi bailarina do
Grupo “Verde Gaio” e em diferentes Óperas no Teatro de la
Monnaie em Bruxelas.
Desde 1984 trabalha em Tavira como
professora de Dança Clássica e coreógrafa fazendo apresentações da
sua Escola de Dança em diferentes espaços. Foi
professora de Dança Clássica no Conservatório Regional do Algarve.
Três das suas melhores alunas, participaram num estágio de dança
Clássica, e de repertório Clássico em São Petersburgo, (Rússia),
uma das suas alunas foi admitida na Northern Contemporary School of
Dance em Leeds (Inglaterra).
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Ana
Borges é Licenciada pela Escola Superior de Dança de Lisboa e formada pelo
Fórum Dança. Tem desenvolvido a sua actividade profissional, enquanto
Coreógrafa, Actriz, Intérprete de Dança Contemporânea e professora de dança,
Contacto – Improvisação, Composição Coreográfica e de Movimento para Actores.
Das suas criações coreográficas, destaca Flor
de Aço, Quero-te-me no teu Bolso,
Arroz em Pó, hOPPERhOPE, Oito feijões,
Pickles de chocolate, Sem palavras e Pestanejar. Trabalhou com diferentes bailarinos, coreógrafos e
Pedagogos, nomeadamente, Nigel Charnock, (bailarino dos DV8 - Physical
Theatre), Dieter Heitkamp e Howard Sonnenklar (Contact- Improvisation), Antonio
Carallo (bailarino da Pina Bausch), Ludger Lamers, Hiroko Nishikawa, Hilel
Kogan, Wil Swanson (bailarino de Trisha Brown Dance Company), Barbara
Haselbach, Madalena Victorino, Marion Gough, entre outros. Foi professora de
dança em diversas instituições, nomeadamente: Balleteatro, Ginasiano, Escola
Superior de Música e Artes do Espectáculo (Porto) Ludo Gimny e INTEP (Figueira
da Foz), Estúdio Sétima Posição e Ginásio do ISPA (Lisboa). Tem concebido e
desenvolvido diferentes oficinas de Pesquisa e Criação Coreográfica das quais
resultam performances, das quais destaca, interferências
e infiltrações. Foi actriz para o
Teatro do Morcego de Coimbra. Foi colaboradora do Serviço Educativo da
Culturgest. É membro do colectivo de música improvisada desdobrável com instrumento voz. Em 2008 criou a corpodehoje – associação cultural, na
qual desempenha o cargo de Presidente da Direcção e assume a Direcção
Artística.
Ingrid
Maria Cuzner, nasceu
na Suécia e é formada pelo Royal College of Music de Estocolmo graduando-se em Música na Educação, Dalcroze
Eurhythmics, que usa
a improvisação em dança para ensinar técnicas musicais. Usa o ritmo e composições
vocais como meio para contar uma história, criando uma narrativa musical
permitindo que cada estudante desenvolva a sua própria capacidade e
criatividade nas interpretações de grupo. Como performer
tem trabalhado com compositores contemporâneos, como Terry
Riley, Gavin Bryars, Donya Feuer, Farnaz Arbabi, The Great Learning Orchestra,
Moondog Snaketime Orchestra, Theatregroup Estocolmo, e Festival de Jazz de
Estocolmo. Obteve uma bolsa
para estudar como contadora de histórias musical na África do Sul. Atualmente É
professora no Conservatório David de Sousa da Figueira da Foz.
Paula Adão estudou no Conservatório de Música David de Sousa e é
licenciada pela Escola Superior de Música de Lisboa no curso de Direção Coral.
Lecionou e foi Coordenadora da Componente Musical da Academia de Música de
Santa Cecília em Lisboa desde 2002. No âmbito da sua formação pedagógica
complementar realizou vários cursos que visaram desenvolver o seu conhecimento
sobre; a teoria de aprendizagem musical de Edwin Gordon ; o conceito
de educação musical de Zoltán Kodály, e uma abordagem diferente
ao ensino da música a partir do movimento corporal e da improvisação musical.
Neste contexto trabalhou com Helena Rodrigues , Michael E. Martin,
Cristina Brito da Cruz, Margarida Fonseca Santos, Helena
Caspurro e Ana Paula Almeida entre outros. No âmbito de Direção
Coral e de Direção de Orquestra trabalhou com o Maestro
Vasco Pearce Azevedo, Maestro António Vassalo Lourenço, Maestro Paulo
Lourenço e Maestro Erwin Acèl entre outros.
Licenciou-se em Estudos
Teatrais na Universidade de Évora. Fez mestrado em Dramaturgia e Encenação na mesma Universidade. Colaborou com o
Teatro Meridional (Dramaturgia) e com o Teatro Académico de Gil Vicente da
Universidade de Coimbra (Desenho de Luz e Luminotecnia). Desenvolve a sua
atividade no teatro profissional e amador nas áreas de encenação, dramaturgia,
iluminação cénica e formação de novo público. É professora de Expressão Dramática.
Biografia_Maria Inês Cruz
Maria Inês Cruz, nascida em 1984, é designer
figueirense, com formação em ilustração para a infância. É finalista do
Mestrado de Educação pela Arte. O seu percurso passa pelo design gráfico
e pela educação artística. Interessa-lhe também a temática da
arte-terapia, tendo já trabalhado com grupos de pessoas com necessidades
especiais. Trabalha como formadora em diversos projectos artísticos como
criadora independente.
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